• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Mato Grosso quer obter status de zona livre da aftosa sem vacinação


Terça-feira, 3 de novembro de 2015 - 05h53

Em reunião realizada na semana passada com a Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), em Cuiabá (MT), o presidente da FAMATO, Rui Prado, pediu esforços supranacionais em prol do reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação.


Prado afirma que é preciso conseguir o status o quanto antes e é preciso haver investimentos em barreiras sanitárias e seria muito bom que outros estados também conseguissem o status. Prado diz que a COSALFA já discute um cronograma para a obtenção do reconhecimento e que o governo de Mato Grosso esteve presente no último encontro e é favorável à ideia.


- O governo tem melhorado o órgão de vigilância sanitária (INDEA). Estamos fazendo a nossa parte, vacinando todo o rebanho de forma coerente e responsável. Isso vai nos conferir lá na frente o status de zona livre sem vacinação - acrescenta.


O presidente da FAMATO afirma que a credencial, obtida na Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), deve permitir à cadeia produtiva da carne bovina em Mato Grosso acessar novos mercados. Como exemplo, Prado cita Estados Unidos, Japão e países da Europa. Oficialmente, norte-americanos já abriram seu mercado à carne bovina mato-grossense, mas frigoríficos aguardam a liberação dos embarques.


A posição da FAMATO, porém, não é unanimidade. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT) concorda que são necessários esforços integrados para alcançar a credencial, mas é contrária ao fim da vacinação contra a aftosa no curto prazo.


- Queremos chegar ao status de livre de aftosa sem vacinação, mas precisamos de estruturas de vigilância adequadas para não pôr em risco duas décadas de trabalho - afirma o superintendente da entidade, Olmir Cividini. O representante se refere ao período de tempo em que Mato Grosso não registra nenhum foco da enfermidade.


Como desafios a serem enfrentados para esta finalidade, Cividini ressalta a necessidade de construir postos de fiscalização.


- Temos uma fronteira seca de 700 quilômetros com o exterior e isso é preocupante, sem contar as divisas com outros Estados. Tudo isso precisa ser construído e não é um trabalho só em Mato Grosso ou no Brasil, e sim na América do Sul - diz.


Fonte: Canal Rural. 30 de outubro de 2015.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja